A Polícia Civil, financiada pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), continua sem uma resposta para iniciar as tratativas com o Governo Federal, via Ministério da Gestão, sobre a correção salarial da categoria em relação à Polícia Federal. A carreira de policial civil, e consequentemente de delegado, sentem a falta de progresso nas negociações salariais com o GDF e o Governo Federal e ainda aguardam a instalação da mesa de negociação prometida novamente para agosto, após recomendação e proposta do Ministério da Justiça para o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público.
Historicamente, a PCDF e a PF têm mantido uma paridade salarial devido às semelhanças em suas funções e responsabilidades na segurança pública. No entanto, essa paridade tem sido comprometida ao longo dos anos, resultando em uma diferença salarial significativa que hoje varia entre 10,3% e 23,12%, dependendo da classe do policial. Sem o reajuste necessário, essa disparidade pode aumentar ainda mais até 2026.
Apesar do persistente apoio de parceiros parlamentares, que têm se empenhado em buscar uma solução para a categoria, a implantação da mesa de negociação ainda não ocorreu. Essa falta de avanço gera grande insatisfação entre os policiais civis, que esperam a retomada urgente do diálogo para restabelecer a equidade salarial com a Polícia Federal.
A falta de valorização da carreira impacta diretamente a qualidade dos serviços prestados à sociedade, ameaçando a eficiência e a continuidade da segurança pública no Distrito Federal.
O Sindepo-DF reforça a necessidade imediata de que os governos estadual e federal reconheçam a importância de abrir uma mesa de negociação com a categoria. O restabelecimento da paridade salarial é crucial não apenas para garantir o reconhecimento e a dignidade dos policiais civis do Distrito Federal, mas também para assegurar que os cidadãos continuem a receber serviços de segurança pública de alta qualidade.
Publicado em 02/08/2024