A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu nesta quinta-feira (12) meio milhão de maços de cigarros contrabandeados do Paraguai. A carga, cujo valor foi estimado pela polícia em R$ 1,5 milhão, foi encontrada dentro de um caminhão estacionado numa oficina em Águas Lindas. Os produtos seriam comercializados em Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Brazlândia.
Um homem de 35 anos, apontado pela polícia como o maior contrabandista de cigarros do DF, foi preso durante a operação. Outras pessoas suspeitas de participação no contrabando fugiram no momento da prisão e estão sendo procuradas. Anderson Ferreira Teixeira foi indiciado por contrabando, descaminho e resistência à prisão. Se condenado, ele pode pegar de dois a quatro anos de prisão. A fiança foi estipulada em R$ 50 mil. Em depoimento, Teixeira negou ser responsável pelos maços de cigarro. Disse que foi contratado para ajudar a monitorar o transporte da carga nas estradas.
Segundo o delegado-chefe da Delegacia de Combate aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), Luiz Henrique Dourado Sampaio, Teixeira foi avisado da presença de policiais que estavam observando o caminhão na oficina. Sabendo que a localização deles havia sido descoberta, os agentes resolveram entrar no estabelecimento. Teixeira entrou em um carro e saiu em alta velocidade pela BR-070, rumo a Ceilândia. O suspeito foi preso por agentes da Polícia Rodoviária Federal após bater o veículo em uma passarela.
O delegado Sampaio diz que Teixeira vinha sendo monitorado há cerca de três meses. Nesse período, os agentes tentavam acompanhar todo o trajeto de veículos utilizados no contrabando, mas acabavam perdendo os veículos de vista devido à atuação de um grupo de batedores. Essas pessoas tinham a função de seguir à frente dos veículos onde eram transportados os cigarros e avisar, via rádio, a eventual presença de blitze ou qualquer viatura da polícia nas rodovias.
Nesta quinta-feira (13), agentes conseguiram monitorar o caminhão com os cigarros até uma oficina de Águas Lindas (GO). O delegado Sampaio descarta a tese de que o responsável pelo estabelecimento possa ter alguma ligação com o esquema de contrabando. “A gente acredita que o local seria utilizado apenas para uma parada, talvez não programada pelo grupo. Até mesmo porque dificilmente eles iriam descarregar as caixas com cigarro ali na frente de outros funcionários”.
Fonte: G1 DF
Publicado em 13/12/2015