Notícias

PCDF realiza Operação Chiusura contra tráfico de drogas e recebe elogio do Ministério Público

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) mais uma vez demonstrou sua capacidade de realizar investigações complexas e de alto impacto, equiparando-se às grandes operações nacionais conduzidas pela Polícia Federal. Através do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR) e da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), foi deflagrada a "Operação Chiusura", que desmantelou uma sofisticada rede de tráfico de drogas com ramificações em cinco estados brasileiros.

Além das prisões de grandes líderes criminosos, a polícia conseguiu bloquear contas bancárias, apreender veículos de luxo e sequestrar imóveis avaliados em milhões de reais. O trabalho foi tão bem executado que o Ministério Público do Distrito Federal inseriu um elogio formal nos autos do processo, classificando a operação como "um modelo de como a polícia deve atuar", destacando o uso de inteligência, tecnologia e investigação meticulosa.

Um ano de investigação minuciosa e trabalho interestadual

De acordo com o delegado-chefe da DRACO, Paulo Francisco Soares Pereira, a operação foi resultado de um trabalho de aproximadamente um ano e quatro meses, iniciado a partir de informações levantadas por delegacias circunscricionais, em especial da 31ª DP. "Tudo começou com a prisão de alguns traficantes que já eram monitorados pela DRACO. A partir daí, identificamos que esses criminosos eram ligados a figuras de maior escalão, que comandavam o fluxo financeiro da organização", explicou o delegado. A investigação revelou que o grupo utilizava empresas fantasmas sediadas em Goiânia, Trindade e Anápolis para lavar o dinheiro do tráfico. "Eram empresas sem existência física, criadas apenas para movimentar recursos ilícitos. Conseguimos mapear que traficantes de Brasília enviavam grandes somas para essas contas, que depois eram usadas para comprar drogas em regiões de fronteira", detalhou Pereira.

Tecnologia e inteligência financeira como armas principais

Um dos grandes diferenciais da operação foi o uso de tecnologias para análise de fluxos financeiros. A equipe da DRACO identificou não apenas o núcleo financeiro em Goiás, mas também um casal em Alagoas que atuava como intermediário, recebendo dinheiro de traficantes do DF e repassando para fornecedores no Mato Grosso do Sul. "Esses criminosos se mudaram para Pipa, no Rio Grande do Norte, onde foram presos. Eles tinham ligação com um traficante de grande influência no MS", afirmou o delegado. Além disso, a polícia descobriu o uso de fintechs por parte da organização para movimentar valores de forma ágil e discreta. "Eram contas abertas em nome de laranjas ou criminosos que já tinham passagem pela polícia. O dinheiro entrava e saía rapidamente, tornando o rastreamento ainda mais desafiador", explicou.

Resultados expressivos: prisões, bloqueios e apreensões

A fase ostensiva da operação resultou em 18 prisões por mandado e três por flagrante apenas no DF, além de outras três em Goiás, Formosa e Águas Lindas, incluindo a captura do dono de um lava-jato em Goiânia, onde foram encontradas quantidades de droga. No total, a polícia apreendeu quatro caminhonetes de luxo, dinheiro vivo, relógios caros e armas de fogo, entre elas uma pistola Taurus 24/7 com numeração raspada – que pode ter sido roubada de policiais anos atrás. O patrimônio bloqueado inclui ainda sete imóveis, entre eles uma casa em um condomínio de alto padrão em Anápolis, avaliada em R$ 2,6 milhões. "Esse é o tipo de ação que atinge os criminosos onde mais dói: no bolso e na liberdade", destacou o delegado.

O delegado Paulo Francisco também destacou a integração com outras polícias civis, como as de Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, além da cooperação com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO). "A PCDF tem histórico de operações interestaduais de grande impacto. Somos referência no combate ao crime organizado, e isso precisa ser valorizado", concluiu. Com a criação de uma nova divisão especializada em recuperação de ativos, a PCDF espera agilizar a destinação de bens apreendidos à sociedade, fechando o ciclo com chave de ouro.

Reconhecimento nacional e reforço à luta por paridade salarial

O sucesso da operação reforça a campanha do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo-DF) e das outras entidades de classe ligadas à Polícia Civil do DF pela equiparação salarial entre a PCDF e a Polícia Federal. São missões com a mesma complexidade e alcance que a PF, muitas vezes com menos recursos. A Operação Chiusura é a prova de que a PCDF merece reconhecimento.

Publicado em 07/04/2025

SINDEPO/DF

SCES Trecho 2, Lote 25
Dentro do Clube da ADEPOL
CEP: 70.200-002
Funcionamento: Segunda à Sexta das 9 às 18h

ADEPOL/DF

SAIS Lote 02, Bloco “D”
Departamento de Polícia Especializada/DPE
CEP: 70.619-970
Funcionamento: Diariamente das 9 às 18h

Siga-nos

Site7Dias