A Polícia Militar do DF prendeu dois homens na manhã desta sexta-feira (11) suspeitos de terem roubado um táxi e sequestrado o motorista durante a madrugada. De acordo com o delegado da 27ª DP, Pablo Aguiar, o motorista havia saído de casa para comprar crack. Hugo Mendonça foi colocado no porta-malas do veículo e ficou preso por mais de três horas.

Aguiar disse que o taxista tentou adquirir a droga com um dos suspeitos presos, que informou que sabia onde comprá-la. Mendonça não quis dar declarações ao deixar a delegacia. “Ele convidou um dos autores para levá-lo até o local onde poderiam comprar o entorpecente”, disse. O delegado afirmou que foi o segundo suspeito que forneceu a droga para a vítima.
Após fazerem uso do crack, os três seguiram para Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF. No caminho, os dois homens resolveram anunciar o assalto e colocaram o taxista no porta-malas do veículo. Eles roubaram o celular e R$ 260, que foram trocados por droga. “Pela manhã, quando estavam no Recanto das Emas, uma viatura da PM abordou os dois e [os policiais] constataram o roubo”, explicou o delegado.

Os dois suspeitos, de 19 e 21 anos, têm diversas passagens pela polícia por crimes cometidos quando ainda eram menores. O mais jovem foi apreendido 19 vezes, três delas por tentativa de homicídio. O segundo suspeito foi apreendido nove vezes. Eles vão responder por roubo com restrição de liberdade. A pena, caso sejam condenados, varia entre quatro e dez anos, podendo ser aumentada em um terço ou em 50% devido ao agravante da restrição da liberdade.

Segundo o tio da vítima, João Batista, os suspeitos portavam uma faca e chegaram a ferir o braço do sobrinho. Os dois suspeitos foram trazidos para a 27ª DP, no Recanto das Emas. Mendonça prestou depoimento e foi levado para o IML para fazer o exame de corpo de delito. João Batista disse que os dois suspeitos ameaçaram seu sobrinho durante todo o trajeto. “Estamos aliviados porque muitos trabalhadores saem de casa e não voltam. Meu sobrinho teve a sorte de poder voltar. É como se fosse uma nova vida, uma nova oportunidade.”

Fonte: G1 / DF