Segundo o Delegado-chefe da 6ª DP, Laércio Rosseto, por volta das 19h de 28 de janeiro, o suspeito Leonardo Sousa Silva, de 27 anos, e um menor de idade, ainda não identificado, invadiram três propriedades.
O suspeito não quis falar com a imprensa. Ele disse à polícia que o relógio apreendido ele comprou falsificado. Ele não confessou o crime e se contradisse durante depoimento, segundo o delegado.
Eles usavam toucas, luvas e uma arma calibre 38, de acordo com a polícia. Ao todo, a dupla levou R$ 2 mil em dinheiro, 1,6 mil euros, roupas, relógios, joias, tênis, o HD do sistema de segurança das casas, e um carro, que foi encontrado um dia depois com vários extintores de incêndio.
No primeiro imóvel, os suspeitos renderam e amarraram seis pessoas. Em seguida, eles cortaram a cerca e invadiram uma chácara vizinha, onde amarraram um casal de idosos. Na terceira propriedade, eles renderam o filho do casal, a mulher, dois bebês e o caseiro, que estava em um outro cômodo.
Todas as vítimas foram levadas para a chácara do casal de idosos, onde permaneceram amarradas e com a cabeça virada para o chão. Rosseto diz que durante a ação a idosa passou mal. As vítimas disseram que ela era hipertensa e cardíaca.
Um dos suspeitos chegou a levantar a cabeça da idosa e soltar em seguida. Com a queda, a vítima teve um hematoma na testa, afirmou o delegado.
De acordo com Rosseto, os suspeitos agiram como profissionais. “Eles estavam encapuzados, com luvas e arrancaram as câmeras de segurança. Tudo para dificultar o trabalho de identificação. Eles nunca acharam que seriam pegos”, afirmou.
O suspeito foi preso no Gama em um barraco alugado com nome falso. Com ele foram apreendidos o relógio e o tênis roubados, além de luvas, câmera fotográfica, celulares e outros objetos roubados na ação.
Segundo o delegado, esse tipo de crime é muito comum na região. “Nós alertamos as pessoas que moram nessas chácaras porque são lugares muito isolados e de fácil acesso”, disse. “O que nos chamou a atenção nesse caso foi a crueldade. A senhora estava passando mal e até os bebês eles ameaçaram.”
O suspeito tinha passagem pela polícia por porte de armas. Ele vai responder por latrocínio, segundo o delegado. Se condenado, ele pode pegar de 20 a 30 anos de prisão.
Publicado em 14/12/2015