Coordenador da CORPATRI avalia que delegado é o principal elo entre cidadão e Estado

André Luís da Costa, entrevistado do Delta Informa desta semana, é o atual coordenador de Repressão aos Crimes Patrimoniais da CORPATRI, tendo passado pelas mais variados cargos e delegacias, incluindo a de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública a de Repressão a Roubo (DRR) e a da Criança (DCA); o que gerou em sua carreira uma verdadeira coleção de momentos marcantes. 

Diretamente de São Luís (MA), chegou a Brasília na década de 90 com uma missão: buscar crescimento profissional e ser um elo entre o cidadão e o Estado.  “O delegado de polícia é o primeiro garantidor de direitos do cidadão. É aquele que no calor dos acontecimentos, tem o poder de decisão sobre um dos bens mais caros ao cidadão: a liberdade. Ademais, é o elo principal entre o cidadão e o Estado, na medida em que se faz mais acessível ao pagador de impostos”, explica o policial.

André conta que descobriu sua vocação profissional em 1998, quando, por concurso público, ingressou no cargo de Técnico de Segurança da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Foi lá que teve o seu primeiro contato com o regulamento policial, durante o curso de formação na antiga Academia de Polícia Civil. 

Ainda na faculdade de Direito, traçou como meta ser membro da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), bastando uma oportunidade para que conseguisse, com louvor, passar no concurso público, em 2004. O policial caracteriza sua escolha por amor à carreira, já que, na mesma época, havia sido também aprovado para o cargo de Procurador do Estado do Maranhão.

Em 2009, o delegado se formou como professor da atual Escola Superior da PCDF, na disciplina de Técnicas Operacionais da Ação Policial (TOAP). Para ele, é gratificante poder dar aula e partilhar as experiências adquiridas ao longo desses 15 anos com policiais em formação, assim como com os mais antigos. “Acredito que a experiências adquiridas nas ruas, sobretudo após anos trabalhando na Delegacia de Repressão a Roubo (DRR), são pilares que me garantem autoridade para ministrar a matéria, passando uma visão teórica e prática”, completa o policial.

André faz questão de dizer que se sente realizado na profissão pois sempre a desempenhou com amor. De acordo com ele, ser delegado é, também, poder aliar o conhecimento jurídico ao operacional, aprendendo, cada dia mais, que a rotina pode mudar e trazer experiências singulares, como solucionar um novo caso e sentir a repercussão positiva que esse feito gera nas vítimas. Neste processo, a dedicação e o sentimento colocados fazem toda a diferença.

Perguntado sobre sua participação em casos de grande relevância, o delegado não hesitou ao lembrar-se, com orgulho, da Operação Hefesto, responsável por desarticular uma organização criminosa que promovia ataques e roubos a terminais de autoatendimento bancário no DF desde 2016. 

Deflagrada pela Corpatri em 2019, a operação identificou o grupo, que havia cometido seu último ataque em uma área de segurança: um hotel de luxo, situado a 800 metros da Residência Oficial do Presidente da República.

A investigação técnica e de excelência foi realizada pela Divisão de Roubos e Furtos da CORPATRI, que tornou possível a identificação e desbaratamento da organização criminosa, culminando na prisão de sete indivíduos e identificação da liderança do grupo. Desde então, não houve registro desse tipo de ocorrência no Distrito Federal.

Entidades Integradas

Marido de Gláucia e pai do Felipe e da Sofia, André conta que um dos passeios que mais gosta de fazer é visitar o Clube dos Delegados e o Espaço Mulher com sua família; ambientes que, de acordo com ele, proporcionam momentos de lazer e reafirmam o zelo e o comprometimento do presidente, Dr. Amarildo, com seus filiados.

Associado da Adepol e do Sindepo desde o início de sua carreira, o delegado destaca a incessante luta travada pelas entidades em defesa das prerrogativas da categoria e na busca por melhores condições de trabalho para os servidores da Segurança Pública. Em sua avaliação, a gestão tem se mostrado cada vez mais competente e profissional. 

“Testemunho diuturnamente o esforço dessas entidades para buscar melhorias à categoria dos Delegados de Polícia. Estamos muito bem representados pelo Dr. Rafael Sampaio e pelo Dr. Amarildo”, conclui André.