Rodrigo Falck Bortolini, 3° Vice-Presidente da ADPJ e atual presidente da Adepol-SC, fala nesta entrevista sobre os principais desafios da entidade e da categoria para este ano. Ele avalia que será preciso uma grande atenção e mobilização dos delegados frente às pautas que tramitam no Congresso que afetam diretamente a Segurança Pública, como a Reforma Administrativa. Confira a íntegra:

Quais as expectativas de trabalho da ADPJ para este mandato e para 2021?

As expectativas são de um período de muito empenho em prol da categoria, uma vez que pautas importantes estarão tramitando, e estas irão requerer grande atenção e mobilização dos representantes da classe dos Delegados de Polícia.

Quais os principais projetos que serão trabalhados pela entidade no âmbito legislativo neste ano?

Entendo como principais pautas no momento a Reforma Administrativa e a Lei Geral das Polícias Civis, temas que atingem diretamente a nossa categoria. 

Como o senhor avalia a tramitação desses projetos? Quais impactos negativos e positivos podem ter para a carreira?

São projetos que exigem grande atenção e mobilização, a fim de que sejam defendidos os interesses da classe, visto que geram implicações diretas na carreira, sejam elas na condição de servidor público, ou ainda com relação às prerrogativas do cargo e da Instituição Polícia Civil.

Quais outros desafios o senhor acredita que a Polícia Civil enfrentará nos próximos anos?

Além das investidas de outras instituições nas prerrogativas de polícia judiciária, entendo que um grande desafio será o aperfeiçoamento das Polícias Civis para o enfrentamento às novas modalidades delituosas, como aqueles cometidos em meio virtual.  

E quais seriam as soluções, na sua avaliação?

O aperfeiçoamento das polícias judiciárias não apenas nas novas modalidades criminosas, mas em todos os tipos de crimes. Isso passa por diversos aspectos, como o reaparelhamento das PCs, políticas de ampliação do efetivo para atendimento das demandas, fortalecimento das prerrogativas institucionais, qualificação dos profissionais e disponibilização de ferramentas mais eficazes no combate ao crime.   

O que mais o senhor considera relevante para a categoria, tanto no âmbito local quanto nacional?

É extremamente importante que as entidades estejam atentas e se posicionem com firmeza no sentido de resguardar as prerrogativas funcionais da classe dos Delegados de Polícia. Esta situação atípica, em tempos de pandemia, requer vigilância redobrada.